MÓDULO III - Desenho Universal da Aprendizagem
Comentário sobre questionário VARK
Comentário sobre questionário VARK
09/05/2014
Inicialmente, meu aprendizado se deu
através do ensino em sua forma tradicional: ouvindo a explanação do professor e
anotando no caderno o que ele escrevia na lousa. Recursos básicos: livros,
enciclopédias, dicionários, cadernos, lápis, caneta e borracha. O professor era
o “senhor” dos conhecimentos e nós alunos devíamos aprender o que o professor
considerava importante. Exercícios e provas tinham questões objetivas e
dirigidas que exigiam respostas exatas e não estavam abertas à reflexão e não
consideravam a subjetividade. Até ingressar na faculdade minha aprendizagem e
fixação dos conteúdos se dava predominantemente através da audição, leitura e
escrita. Ao me tornar tetraplégica, fique sem poder mais fazer as anotações do
que era escrito e observado por mim em sala de aula. Na faculdade, o ensino
também continuou na forma tradicional, mas precisei modificar a minha forma de
aprender, desprendendo-me das minhas anotações e concentrando-me e assimilando
o que ouvia. Os recursos pedagógicos permaneciam praticamente os mesmos
utilizados no ensino básico, acrescentando-se a esses os seminários, em que os
alunos passavam a transmitir os conhecimentos aprendidos a partir dos
direcionamentos do professor. Apesar de minha deficiência severa e aparente,
ela não foi alvo de interesse e preocupação dos meus professores durante todo o
curso universitário, com exceção da professora de Alemão, que procurou
diversificar a sua forma de ensinar para me auxiliar no aprendizado da língua
escrita. Ela me apresentava os textos com erros de grafia e concordância e eu
deveria identificá-los e corrigi-los, ainda que oralmente. Metodologia
semelhante passou a ser utilizada também pelo professor de Latim, contudo por
sugestão minha. Também por sugestão minha, passei a utilizar a máquina elétrica
da secretaria da faculdade para redigir as redações da disciplina de produção
textual, para que o professor pudesse comprovar que os textos eram realmente
feitos por mim.
Criando os meus mecanismos e
estratégias de aprendizagem, conclui minha faculdade. Com a aquisição do
computador, voltei a poder fazer as minhas próprias anotações, o que contribuiu
muito para o aprimoramento de meu trabalho como tradutora, possibilitando-me
realizar minha primeira especialização. Com o computador ficou mais fácil a
consulta a dicionários, uma vez que já estavam disponíveis em versão digital.
Os recursos do Microsoft Word – teclas de atalho, autocorreção, corretor
ortográfico e preditor de palavras – foram e são de grande valia para minimizar
os esforços da digitação e dar velocidade à ação. As anotações eram feitas
pelos colegas de sala conforme as suas percepções, que poderiam coincidir ou
diferir das anotações que eu faria se pudesse escrever.
Depois que comecei a lecionar,
tive a oportunidade de assumir o cargo de professora regente de um centro de
multimeios - que compreendia o laboratório de informática com acesso à internet,
a biblioteca com sala de leitura e uma sala de vídeo. Passei, então, a dispor
de muitos recursos/meios para apresentar aos professores visando contribuir com
o planejamento das aulas, que certamente teriam uma motivação a mais se incluíssem,
por exemplo, assistir e debater sobre um filme, apresentar seminários sobre
obras literárias etc. Tive, então, a oportunidade de ser parceira de uma
professora que começara uma Especialização a Distância em Informática na
Educação, passando a descobrir o mundo através da internet.
Se fosse enumerar o quanto tenho
aprendido com o computador e o acesso à internet, teria que me alongar muito. Por
isso, para não perder o foco deste comentário, vou finalizar mencionando a
pontuação obtida com as respostas ao questionário VARK.
Visual: 11
Aural: 15
Leitura / Gravação: 12
Cinestésico: 12
Ao ver e analisar os resultados
obtidos a partir do questionário VARK, percebe-se que há uma equiparação/equilíbrio
na pontuação, o que reforça minha certeza de que precisei forçosamente adequar
o meu modo de aprender – antes predominantemente escrito e oral - às minhas novas
circunstâncias - à época predominante oral – devendo modificar e diversificar a
minha aprendizagem, ou seja, multimodal.
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